Pieter-Jan Plettinck [Eddy Stols]
Pieter-Jan Plettinck foi médico e farmacêutico em Bruges antes de dedicar-se à agricultura e à destilaria em Jabbeke.
Na chegada em Desterro, Plettinck, diante de notícias confusas sobre as terras, ficou lá, pensando em exercer a medicina.
Em carta de março de 1845, propôs a seus conhecidos de Jabbeke a formação de uma companhia de 20.000 francos e a compra de terras para 12 colonos. Cada um entraria com pelo menos mil francos e deveria trazer utensílios agrícolas, tecidos baratos de algodão, sementes de centeio, armas e pólvora para caçar porcos e animais selvagens. Como Plettinck não deu mais sinal de vida, seu projeto provavelmente não vingou.
Fonte capítulo "Os ‘flamengos' do Brasil colonial" de Eddy Stols no livro "Brasil e Bélgica: Cinco Séculos de Conexões e Interações".
Quando Agostinho Alves Ramos, dono de muitas terras e uma figura muito poderosa em Itajaí entre as décadas de 1820 e 1850, foi vítima de uma apoplexia, veio de Pôrto Belo um cirurgião belga, de nome Pedro Jamar Pletting, que clinicava em Pôrto Belo. Infelizmento o Agostinho faleceu algumas horas mais tarde, no dia 16 de julho de 1853.
Baseado nas paginas 51 e 333 do livro "Itajaí: uma cidade em busca de seu fundador" de Magru Floriano.
Em 1842, Agostinho Alves Ramos recebeu em Itajaí a visita de Charles van Lede, engenheiro belga que fundaria, mais tarde, a colônia que daria origem à cidade de Ilhota. Charles van Leede, no seu livro publicado em Bruxelas, faz várias referências a Agostinho.
Rodrigo Brüning Schmidt nós informou que Pierre (Pedro) Jamar Pleitinck, morador de Porto Belo, conseguiu terras em Luiz Alves, com outras pessoas de Porto Belo.
Lote 33 é indicado como sendo "Terras de Pedro Jamar Pleitinck e outros" (Mapa de 1876 - com indicação adicional de "Belgas", lugar de atual Ilhota).
Gustavo Pedroso nós informou que o jornal "Diário de Rio de Janeiro" de 1.11.1873 http://memoria.bn.br/... informa que "O belga Leopoldo Afonso Plettinck estava saindo do Rio de Janeiro" para Londres." Era provavelmente seu filho Desiderius Leopoldus Alphonsus que foi visitar seu pai no Brasil.
Sua primeira esposa VAN RIJN Isabella Maria faleceu em 02/11/1834. Os filhos do primeiro cassamento são Isabella (14/06/1823), Maria Carlota (24/12/1824), Desiderius Leopoldus Alphonsus (13/03/1827), Mathildis Beatrix (20/06/1829), Caelestina Maria (21/05/1832) e Hortentia (30/06/1834).
Não há menção que sua segunda esposa D'HONDT Philippina (nascido em 23/11/1810 em Jabbeke) com quem casou-se em 20/02/1837 na Bélgica, viajou ao Brasil. Os filhos do segundo casamento são Leonard (ou Eduardus) (01/11/1837), Victor Joannes (15/02/1839), Celania Francisca (24/09/1840), Virginia Marie (05/03/1842), Amalise Marie (17/08/1843) e Coleta (02/04/1845).
A filha mais nova, Coleta, nasceu em Jabbeke (Bélgica) em 02/04/1845 o que implica que neste momento a sua esposa Philippina estava neste país. Sabemos que seis filhos casaram se na Bélgica e diversos filhos foram sepultados na Bélgica o que indica que estes provavelmente não viajaram para o Brasil. Temos confirmação que Pierre Joseph e dois filhos foram enterrados em Porto Belo-SC, Brasil.
Os filhos Maria Carlota e Eduardus faleceram no mesmo local que seu paí: Porto Belo-SC.
Baseado em informações de Gustavo Henrique de Almeida Pedroso.
O filho Eduardo (1839 - 1869), casou-se com Tomásia da Silva Mafra (1845 - 1869), a filha mais nova do José da Silva Mafra, que também tinha terras na margem esquerda em Luiz Alves.
O Eduardo e a esposa faleceram cedo, no mesmo ano de 1869, com respetivamente 30 e 24 anos. O irmão mais velho da Tomásia, Manoel da Silva Mafra ficou como tutor dos órfãos Maria Tomásia Plettincks, José Eduardo Jamar Plettincks e Felicidade Tomásia Plettincks.
No jornal A REGENERAÇÃQ de domingo, 27 de Fevereiro do 1881, consta:
Illm. Sr. Manoel da Silva Mafra.—Tijucas, 8 de Junho de 1879.
Sendo Vme. o tutor dos orphãos de Eduardo Jamar Platinck, peço-lhe para me declarar junto a esta, qual a quantia mais ou menos depositada, proveniente do produto dos escravos arrematados em praça, pertencentes aos mesmos orphãos e ha que tempo.
Baseado em informações de Rodrigo Brüning Schmidt e http://www.mafra.com.br/genealogia...