Christian (Ficker, p. 20)
Christiaens Louis Auguste casou-se com Cornelis Maria Christina Constanti (01/08/1820, Oostende) em 24/04/1844. O nome dela não consta no documento "État nominatif des colons embarqués à Bruges, à bord du Brick Belge Jean Van Eijck, en destination pour la Province de Ste Catherine du Brésil".
Quando o navio "van Eyck" chegou em 17 de novembro de 1844 em Desterro, então capital de Santa Catarina, Louis Christiaens ficou sabendo que não receberiam terras. Profundamente contrariado por ter de cultivar terras que não fossem de sua propriedade, apoiado pelo comerciante Hypolite Van der Heyde[n] e mais 15 pessoas, resolveu fundar um novo empreendimento. Rescindindo o contrato, com o pagamento de uma multa de 3.000 francos, o pequeno grupos estabeleceu-se em terras adquiridas na região onde hoje situa-se o município de São José. Seis meses depois fracassaria a tentativa. Aconteceu uma procura dos colonos por lugares próximos, tendo alguns se estabelecido na colônia alemã de São Pedro de Alcântara; outros em Passa Vinte e no Destêrro. (Paulo Rogerio Maes p. 60-61 + 67 / Ilhota: tempos e contratempos de uma colônia belga por Maria do Carmo Ramos Krieger Goulart p. 154).
Foi insultado publicamente na entrada do hotel Pharoux no Rio de Janeiro em 17 de maio de 1845 por Charles Van Lede e seu passaporte confiscado pela polícia. O vice-cônsul da Legação belga interveio e conseguiu a devolução do passaporte e lamentou o ataque traiçoeiro sofrido. (Ficker, p. 21-22).
Gustavo Pedroso achou a data da sua volta para a Bélgica no jornal "Diário do Rio de Janeiro": "Na barca belga Marie Key, 322 tons. parte do Rio de Janeiro para Antuérpia em 28 de maio de 1845, os belgas Luiz Christian, João NIcolau Denis Isler, Augusta Lebeu [August Lebon]." http://memoria.bn.br/docreader/094170_01/28812