A Sorocabana serviu a inúmeras cidades do oeste paulista. Sua linha tronco expandiu-se e chegou a Presidente Prudente em 1919 e a Presidente Epitácio, às margens do rio Paraná - seu ponto final - em 1922. Antes disso a EFS construiu vários ramais. Em 1909 o ramal de Itararé ligava Iperó a Itararé, conectando a rede ferroviária paulista às estradas de ferro do Paraná, pelo antigo caminho dos tropeiros, que viajavam até o sul do Brasil. A partir dos anos 20, em seu trecho inicial - primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno - passaram a circular, principalmente, trens de subúrbio. O Ramal Dourados, no oeste paulista, ligava Presidente Prudente a Teodoro Sampaio. Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco (Santos - Juquiá) até 16 de janeiro de 1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha estava ativa até meados de 2002, somente para trens de carga e hoje está em completo abandono.
"Relatorio da Estrada de Ferro Sorocabana e Estrada de Ferro Funilense" referente ao ano de 1924 escreve na página 121 que foram postas em trafego, 10 locomotivas de origem Belga, adquiridas em 1923 à "Société Belge pour l'exportation" pelo preço de 2.327:319$644 (pagina 28), que tiveram de sofrer diversas modificações. A página 125 contem mais informações: 5 locomotivas tipo Mikado com ns. 232 até 236 da fábrica Haine-Saint-Pierre e 5 locomotivas tipo Mikado com ns. 236 até 241 da fábrica Tubise, ambas da Bélgica. O mesmo relatório informa que a EFS possuía 2.575 vagões para o transporte de mercadorias. Deste total, 974 eram de procedência belga, construídos pela C.C. Construction [Haine Saint-Pierre], sendo 652 gondolas e 322 gaiolas para animais.
O relatório do ano seguinte, 1925, informa na página 18, que a companhia adquirou 650 vagões fechados de 30 toneladas e 600 gondolas da mesma tonelagem de fabricação belga, sem informar a construtora. Desses vagões, 491 já fizeram serviço no ano 1925. Eric Mantuan, Vice-Presidente da Associação Movimento de Preservação Ferroviária do Trecho Sorocabana www.mpfsorocabana.org.br, nós informou que a empresa belga Nicaise & Delcuve forneceu à EFS, a partir de 1925, cerca de 2 mil vagões tipo gôndola rasa (plataforma), que foram classificados como série G. Provavelmente a Nicaise & Delcuve é o fornecidor não informado no relatório de 1925.
Assim, o quadro dos vagões mudou para
A EFS poussiu também 21 vagões de primeira classe da mesma construtora, com data de fabricação de 1912 (p. 144); 4 vagões de segunda classe da "Dyle & Bacalan" (p. 154), com data de fabricação de 1889; e dois vagões de inspeção da Belga "Baume et Marpent" (p. 151), com data de fabricação de 1913.
Eric Mantuan, nos informou também que foram adquiridos 1500 vagões fechados em 1935 produzidos pela empresa belga Ateliers de la Dyle em 1935. Um vagão fechado de carga geral (série V) de construção mista está preservado pela associação no Centro de Memória Ferroviária de Sorocaba. Também foram comprados no mesmo ano dos Ateliers de la Dyle vagões de transporte de frutas (série VF).