13 de maio falecimento do Luiz Hostyn. Morreu pela explosão d'um vaz de pólvora que destruiu a casa consta na sua certidão de óbito.
Na noite do dia 21 de maio (1867) uma casa explodiu na Colonia Belga do Itajaí grande, a qual abrigava um comércio pertencente ao belga Luis Austin. O próprio Austin, proprietário, iniciou essa enorme imprudência ao acender o seu cachimbo sobre uma barrica aberta de pólvora. Uma centelha inflamou a pólvora e sua explosão destruiu toda a casa. Oito pessoas ficaram mais ou menos gravemente feridas; Austin, entre todos estes, foi o que teve o pior destino; ele foi totalmente queimado e faleceu poucas horas após. A sua esposa correu para o seu filho (criança) doente, cuja cama já estava em chamas; ela conseguiu salvá-lo, mas foi ferida principalmente na cabeça por caibros que desabaram, enquanto a criança sofreu apenas queimaduras leves. Todos os demais presentes sofreram queimaduras mais ou menos graves, também devido às barricas de aguardente que se romperam com a explosão, tendo o líquido contribuído para o alastramento e aumento do poder das chamas. O fogo e o desabamento dos caibros já seriam suficientes para acabar com a vida de todos na casa; mas a mão piedosa de Deus esteve presente para proteger a vida das pessoas, e aqueles que aceitaram receber os devidos cuidados médicos estão se restabelecendo francamente; no entanto, um deles, que tinha mais confiança em curandeirismo (o brasileiro Joaquim Lopes), faleceu. O belga Maeben foi atirado para fora da casa e sofreu grande ferimento na cabeça, embora não sofra o risco de perder a vida. A construção, com todos os seus utensílios, foi totalmente destruída pelas chamas, mas a casa de morada anexa foi parcialmente poupada.
Fonte: Jornal "Kolonie Zeitung" de 22 de junho de 1867