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Spilborghs Guillaume (1830 - ?)
No dia 29 de janeiro de 1830, alguns meses antes da independência de Bélgica, nasceu em Bruxelas Guillielmus Spilborghs (certidão de nascimento n° 313 – escrito em holandês), filho de Joannes Franciscus Spilborghs, com profissão “ebenister” e de Elisabetha [Turgener], trabalhadora, com endereço “Nieuwland” em Bruxelas, não cassados.
Os pais do Guillielmus / Guillaume, cassaram-se no dia 29-08-1832 (certidão 445). Eram Joannes Franciscus (Jean François) Spilborghs, nascido em Diest em 10 de novembro de 1796 e Elisabeth Tillgner, nascido em Bruxelas em 13 de setembro de 1809.
J. F. Spilborgs era fabricante de pianos na rua Ruysbroek 96 em Bruxelas, mencionada nos "Almanach du Commerce et de l’Industrie" de 1854 até 1861. Em 1862 mudou-se para a rua Enclume 37 bis (Aambeeldstraat) em Sint-Joost-ten-Node e logo depois, em 1865, para a Chaussée d’Etterbeek 238 onde exerceu o ofício de ferreiro e dono de café. Infelizmente não sobreviveram almanaques do período antes de 1854, com exceção de 1840 onde seu nome não aparece.
Esse Guillielmus / Guillaume é a pessoa G. Spilborghs que chegou no dia 1 de setembro de 1852 no Rio de Janeiro com o barco belga Van Dyck vindo de Antuérpia. A notícia no Diário do Rio de Janeiro de 2 de setembro de 1852 menciona a chegada de outros belgas, P. L. Raymaekers, L.B. Guentry com Catharina Guenry e C. Creten.
A data da sua saída da Bélgica 29 de junho de 1852 é mencionada no Registro de população de Bruxelas.
O mesmo registro confirma a sua data de nascimento e menciona a sua profissão: afinador de pianos. Há também a menção “Saint-Gilles 12 de outubro de 1876”. Será a data do seu falecimento?
Diversos anúncios no Jornal do Commercio durante o ano de 1853 mencionam G. Spilborghs como afinador e consertador de pianos no Rio de Janeiro. Há menções nos jornais de viagens do Spilborghs para Campos de Goytacazes em 1854 e 1857. No ano de 1854 um piano Spilborghs foi leiloado no Rio de Janeiro.
Provavelmente Spilborghs mudou-se para Campos de Goytacazes. Uma notícia no livro” Cyclo Aureo: Historia do 1º centenário da cidade de Campos 1835 – 1935” menciona que “A 8 de Outubro de 1871 um furacão destelhou casas, derrubou outras, arrancou arvores, emquanto uma chuva de pedras inundava alguns logares. Uma faisca cahiu na casa de Candido José de Araujo, na Praça S. Salvador; outra nos fundos da padaria de Guilherme Spilborgh, na rua Direita”. (p. 357)