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Gevaert Ange Joseph

Sobrenome: 
Gevaert
Sobrenome alternativo: 

Gevaerd

Nome: 
Ange Joseph (Engelbert Josephus)
Data nascimento: 
terça-feira, 1 Agosto, 1797
Nascido em: 
Diksmuide - Leke
BE
Resido em: 
Diksmuide - Leke
BE
Profissão: 
Agricultor
Travesia
Barco: 
Jan van Eyck - 23.08.1844
EtatNominatif: 
49
50
51
Idade momento do embarque: 
47
Chegou com família: 
sim
Viajou com: 

A sua esposa Depuijdt Catharina Cecilia (Cathérine Cécile) (11/11/1795, Leke) com quem casou-se em 10/09/1822.
E seu filho Alexander (28/09/1833, Leke).

Baseado em informações de Gustavo Henrique de Almeida Pedroso.

N° de pessoas: 
3
Voltou para a Bélgica: 
não
Lote Planta 1847: 
D 6

Na estatística de 1850-1851 da Colônia Itajaí-Grande, da qual na época Ilhota fez parte e que incluía também Gaspar e Blumenau, apareceu o nome de Gevaert Ange, casado, 1 filho, ou 3 pessoas na família. A atividade do seu estabelecimento era a elaboração de mandioca e cana. Ele tinha uma produção de 2 alqueires de batatas e 1 mão de milho.

  • Alqueire: 50 × 100 braços ou 110 × 220 metros ou 2,42 hectares (fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Alqueire#Brasil SC)
  • A barrica de açúcar, usada em Limeira, em 1875, na área da então Colônia Brusque, no Vale do Itajaí-Mirim, Santa Catarina, tinha capacidade para 120 Kg.
Observação: 

Gevaert Ange Joseph, sua esposa Depuijdt Cathérine Cécile, e seu filho Alexandre, viajaram em agosto de 1844 com o barco Jan Van Eyk, de Ostende, Bélgica rumo à Santa Catarina, Brasil, junto com mais de cem outros migrantes belgas.

Gevaert Ange assinou, junto com outros colonos belgas, o documento elaborado pelo diretor da Colônia, Joseph Philippe Fontaine em 1847, que comprava o recebimento dos mantimentos e alimentos necessários para subsistência dos mesmos como acordava o contrato.

Gevaert Ange e sua família ocupandu o lote DN 6, no mapa desenhado em 17.07.1847 por agrimenso Henrique Devrecker, se achou ausente.

Fonte Paulo Rogerio Maes p. 60-61 + Ficker p. 38

Engelbert Gevaert

"Ange" é o mesmo nome que "Engelbert" ("Ange" em francês significa "Engel" em neerlandês). Por isso, eu discordo com o artigo do Sr. Ayres Gevaert, "O pioneiro Engelbert Gevaert e seus descendentes" (Blumenau em Cadernos, março de 1973 http://hemeroteca.ciasc.sc.gov.br/...pdf) que escreve que Ange era solteiro e Engelbert casado. Veio da Bélgica em companhia de sua mulher Catarina de Pütt (deve ser Depuijdt) e seu filho único Alexandre (nascido em 1.11.1832). Faleceram pouco depois do casamento do seu filho. A data de nascimento de Alexandre mencionado por Ayres é diferente da data que consta no registro de Bruges.

Descendentes: 

Alexandre, em 18/02/1855, com 22 anos, contraiu matrimônio em Itajaí-SC com Julia Maes, nascida a 18 de abril de 1838, filha de Eugenio Maes e Vicentia Vandergucht.

Desse matrimônio nasceram os seguintes filhos: Carlos Luiz (25-2-1855), Felicio, Leandro, Augusto (7-3-1862), Maria Luiza (faleceu com aproximadamente 45 dias de vida), Ricardo (25-11-1864), Alfredo (28-4-1866), Luiz, Alberto, Pedro, Bernardino, Victor e Julia, ao todo 13 filhos. Em 1867/68, Alexandre e toda família transferiram-se para Destêrro.

Em 1940 segundo dados reunidos por David Gevaerd o número de descendentes de Engelbert somavam 290. Nenhum Gevaerd voltou à antiga «Colônia dos Belgas», salvo para visitar seus parentes Maes.

Busto Ayres GevaerdAyres Gevaerd foi um grande estudioso da história brusquense, nascido em 9 de março de 1912 e falecido em 8 de dezembro de 1992. Foi fundamental na fundação da Casa de Brusque, em 1960, e é considerado o primeiro historiador do município. Seu busto foi uma homenagem póstuma entregue em 12 de março de 1994 pelo Rotary Club de Brusque, do qual foi membro-fundador.

Segundo afirmação do tio avô de Ayres, o Sr. Pedro, teria sido o professor Benjamin Carvalho de Oliveira o autor da mudança do t de Gevaert para d, mudança que ficou até hoje.

Fontes

"O pioneiro Engelbert Gevaert e seus descendents" por Ayres Gevaert  em Blumenau em Cadernos, março de 1973 http://hemeroteca.ciasc.sc.gov.br/...pdf

Museu restaura busto de Ayres Gevaerd e mausoléu de Francisco Carlos de Araújo Brusque

Fonte dos nomes e sobrenomes

Encontramos grafias diferentes do nome e sobrenome dos emigrantes. Para os registros individuais das famílias neste site, usamos como principal entrada, as seguintes fontes para os imigrantes que chegaram com o barco:

  • "Jan Van Eyck" em 1844: o documento "État nominatif des colons embarqués à Bruges, à bord du Brick Belge Jean Van Eijck, en destination pour la Province de Ste Catherine du Brésil" guardado no Arquivo Municipal da cidade de Bruges, no departamento Arquivo Moderno - VIIa Sûreté Publique, 1844 
  • "Adèle" em 1846: o documento "Liste des personnes à qui il a été délivré des passeports gratuitement, en exécution de la Circulaire de Mr. l'Administrateur de la Sûreté publique en dâte du 2 Mai 1846, Cabinet, N° 45225 - Ville d'Anvers" guardado no Arquivo Nacional em Bruxelas, no setor 269 Émigration au Brésil. 1843-1888. Ministère de la Justice. Sûreté publique (ou Sûreté de l'Etat). Police des Etrangers, 1840-1994

Bibliografia

livros

  • Charles Van Lede e a colonização belga em S. Catarina / Carlos Ficker. - Blumenau, 1972.
  • Colonização Flamenga em Santa Catarina - Ilhota / Paulo Rogério Maes. - 2005.
  • Movidos pela esperança: A história centenária de Ilhota / Viviane dos Santos e Elaine Cristina de Souza. - S&T Editores, 2006.
  • La colonie belga au sein de la Sainte-Catherine du Brésil Impérial : Diplomatie, commerce et contrabande (1841 - 1847) / Natalia da Silva Pereira. - Dissertação ULB - Master en Histoire Contemporaine, 2013-2014

artigos

  • Sainte-Catherine du Brésil, Etablissement belge / Ch. Maroy no Bulletin d'études et d'informations de l'Ecole supérieure de commerce St-Ignace. Anvers, avril 1932, 31 p.
  • 3.3. Colônia belga p. 110-113 em A colonização de Santa Catarina / Walter Fernando Piazza. - Porto Alegre: Editora Pallotti, 1982.
  • Ilhota: Tempos e contratempos de uma colônia belga / Maria do Carmo Ramos Krieger Goulart p. 153-156 na revista Blumenau em cadernos 1982 – 5  (maio 1982) 
  • VII. Santa Catarina do Brasil (1842 - 1875) p. 119-137 em Dos Açores ao Zaire: Todas as colônias belgas nos seis continentes. O surgimento, a História, a comunicação / Patrick Maselis. - Roeselare: Roularta Books, 2005.
  • CHAPTER 5 - SANTA CATARINA p. 138 – 155 Early Belgian colonial efforts: The long and fateful shadow of & Leopold I / Robert Raymond Ansiaux. Presented to the Faculty of the Graduate School of The University of Texas at Arlington in Partial Fulfillment of the Requirements for the Degree of DOCTOR OF PHILOSOPHY. - THE UNIVERSITY OF TEXAS AT ARLINGTON, December 2006
  • Sainte-Cathérine du Brésil ou os belgas em Santa Catarina / Eddy Stols p. 22-26 em Brasil e Bélgica: Cinco séculos de conexões e interações. - São Paulo: Narrativa Um, 2014.
  • Ilhota, een Belgische kolonie aan de Itajahi-Grande/ Raymond Arren em Spaenhiers Jaarboek 2010.
  • Een Brugse kolonie in Brazilië: ‘Adieu, Vlaenderen en Braband. Wy gaen nae ’t luy Lekkerland…’Bart Demuynck p. 151-162 em Brugs Ommeland: driemaandelijks tijdschrift, 55ste jaargang, nummer 3, september 2015.