Na estatística de 1850-1851 da Colônia Itajaí-Grande, da qual na época Ilhota fez parte e que incluía também Gaspar e Blumenau, apareceu o nome de Maes Eugene, casado, 2 filhos e 2 filhas ou 6 pessoas na família. A atividade do seu estabelecimento era a elaboração de mandioca e cana.
Seu filho Leander é também mencionado como casado e com 1 filho. A atividade do estabelecimento era o mesmo de seu paí Eugene: elaboração de mandioca e cana.
Maes Eugene, 43 anos, agricultor, sua esposa Vander Jeugd Vincente, agricultura e seus cinco filhos viajaram em agosto de 1844 com o barco Jan Van Eyk, de Ostende, Bélgica rumo à Santa Catarina, Brasil, junto com seu irmão de Maes Leonard e mais de cem outros migrantes belgas.
Maes Eugene assinou, junto com outros colonos belgas, o documento elaborado pelo diretor da Colônia, Joseph Philippe Fontaine em 1847, que comprava o recebimento dos mantimentos e alimentos necessários para subsistência dos mesmos como acordava o contrato. (Fonte Paulo Rogerio Maes p. 60-61 + 74-75)
A colônia belga já estava desde o final de 1845 vivendo seus primeiros dramas com inundações, safras destruídas e mortes. Fontaine pagava caboclos para o trabalho mais duro e provocava a ira dos belgas, que se recusavam a prestar doravante seu dia obrigatório de trabalho gratuito. As brigas levaram Fontaine a fazer queixa às autoridades brasileiras, que condenaram três belgas, Krabeels e os dois irmãos Eugène e Leonard Maes, a dois anos de prisão. em Desterro, suas mulheres com dez crianças vagavam pelas ruas, pés descalços e pedindo esmolas. O consulado ajudou no seu sustento e colocou as crianças na escola pública. Os presos protestavam e teimavam em ser julgados pelas leis belgas. (Fonte capítulo "Os ‘flamengos' do Brasil colonial" de Eddy Stols no livro "Brasil e Bélgica: Cinco Séculos de Conexões e Interações")
Seu filho Leander casou-se com Pelagia De Coninck, filha de Leo De Coninck em Itajaí-SC.
A filha Maria Julia casou-se com Alexander Gevaert, filho de Ange Gevaert, no dia de 18/02/1855 em Itajaí-SC.
A filha Maria Ludovica casou-se com Guillaime-Auguste Vilain, filho de Jean Baptiste Vilain, no dia 13/06/1863 em Brusque-SC.
O filho (Charles) Carlos Luiz casou-se em 6/12/1854 em Itajaí com Maria Ludovica (Luiza) Brackeveld, filha de Pierre Brackeveld.
O filho Renaldus Franciscus (22/01/1831) adotou no Brasil o nome Ricardo Eugênio Maes. Ele casou-se com Eugenia Maria Brackeveld, filha de Pierre Brackeveld.
Baseado em informações de Gustavo Henrique de Almeida Pedroso e no árvore genealógica da família Brackveld e no artigo "O pioneiro Engelbert Gevaert e seus descendents" por Ayres Gevaert em Blumenau em Cadernos, março de 1973 ;http://hemeroteca.ciasc.sc.gov.br/...
Felício Ricardo Maes era filho de Ricardo Eugênio Maes e Eugênia Brackeveld Maes. Ele casou-se com Otília, filha de Constant De Coninck (nascido na Bélgica e emigrado ainda menino com seu pai Leo De Coninck) e Maria Machado Coninck. São os avôs do Paulo Rogério Maes, autor do livro "Colonização Flamenga em Santa Catarina - Ilhota" de 2005.
Durante a 6° legislatura 1977-1983 e também na 7° legislatura 1983-1988, o Sr. Lincoln de Alcântara Maes, foi vereador na Câmara Municipal de Ilhota.
Três descendentes da familia Maes foram honrados com nomes de rua em Ilhota: o Sr. Izidoro Maes (26/6/1962 – Lei 52/62), o Sr. Ricardo Paulino Maes, (26/7/1962 – Lei 57/62) e a Sra. Luiza Maes Melo.