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Maes Eugene

Sobrenome: 
Maes
Nome: 
Eugene
Data nascimento: 
quinta-feira, 24 Julho, 1800
Nascido em: 
Tielt - Aarsele
BE
Resido em: 
Tielt - Aarsele
BE
Profissão: 
Agricultor
Travesia
Barco: 
Jan van Eyck - 23.08.1844
EtatNominatif: 
13
14
15
16
17
18
19
Idade momento do embarque: 
43
Chegou com família: 
sim
Viajou com: 

Sua esposa Vincentia Xaveria Van der Gucht (09/03/1800, Aarsele) com quem casou-se em 15/11/1826. E seus cinco filhos: Leander (27/05/1828), Karel Lodewijk (Charles-Louis) (25/08/1829), Renaldus Franciscus (Leonard François) (22/01/1831), Maria Julia (Marie Julie) (16/12/1836) e Maria Ludovica (Marie Elise) (09/05/1840). 

Maes Eugéne, 44 anos, poeldenier – Van der Gucht Vincentia Xaveria, 44 anos, spinster - kinderen : Leander 16 anos, Charles 15 anos, Leonard Francies 13 anos, Marie Julie 7 anos, Marie Elise 4 anos. (Fonte https://www.familiekundedeinze.be/...)

N° de pessoas: 
7
Voltou para a Bélgica: 
não

Na estatística de 1850-1851 da Colônia Itajaí-Grande, da qual na época Ilhota fez parte e que incluía também Gaspar e Blumenau, apareceu o nome de Maes Eugene, casado, 2 filhos e 2 filhas ou 6 pessoas na família. A atividade do seu estabelecimento era a elaboração de mandioca e cana.

Seu filho Leander é também mencionado como casado e com 1 filho. A atividade do estabelecimento era o mesmo de seu paí Eugene: elaboração de mandioca e cana.

Observação: 

Maes Eugene, 43 anos, agricultor, sua esposa Vander Jeugd Vincente, agricultura e seus cinco filhos viajaram em agosto de 1844 com o barco Jan Van Eyk, de Ostende, Bélgica rumo à Santa Catarina, Brasil, junto com seu irmão de Maes Leonard e mais de cem outros migrantes belgas.

Maes Eugene assinou, junto com outros colonos belgas, o documento elaborado pelo diretor da Colônia, Joseph Philippe Fontaine em 1847, que comprava o recebimento dos mantimentos e alimentos necessários para subsistência dos mesmos como acordava o contrato. (Fonte Paulo Rogerio Maes p. 60-61 + 74-75)

A colônia belga já estava desde o final de 1845 vivendo seus primeiros dramas com inundações, safras destruídas e mortes. Fontaine pagava caboclos para o trabalho mais duro e provocava a ira dos belgas, que se recusavam a prestar doravante seu dia obrigatório de trabalho gratuito. As brigas levaram Fontaine a fazer queixa às autoridades brasileiras, que condenaram três belgas, Krabeels e os dois irmãos Eugène e Leonard Maes, a dois anos de prisão. em Desterro, suas mulheres com dez crianças vagavam pelas ruas, pés descalços e pedindo esmolas. O consulado ajudou no seu sustento e colocou as crianças na escola pública. Os presos protestavam e teimavam em ser julgados pelas leis belgas. (Fonte capítulo "Os ‘flamengos' do Brasil colonial" de Eddy Stols no livro "Brasil e Bélgica: Cinco Séculos de Conexões e Interações")

Descendentes: 

Seu filho Leander casou-se com Pelagia De Coninck, filha de Leo De Coninck em Itajaí-SC.

A filha Maria Julia casou-se com Alexander Gevaert, filho de Ange Gevaert, no dia de 18/02/1855 em Itajaí-SC.

A filha Maria Ludovica casou-se com Guillaime-Auguste Vilain, filho de Jean Baptiste Vilain, no dia 13/06/1863 em Brusque-SC.

O filho (Charles) Carlos Luiz casou-se em 6/12/1854 em Itajaí com Maria Ludovica (Luiza) Brackeveld, filha de Pierre Brackeveld.

O filho Renaldus Franciscus (22/01/1831) adotou no Brasil o nome Ricardo Eugênio Maes. Ele casou-se com  Eugenia Maria Brackeveld, filha de Pierre Brackeveld.

Baseado em informações de Gustavo Henrique de Almeida Pedroso e no árvore genealógica da família Brackveld e no artigo "O pioneiro Engelbert Gevaert e seus descendents" por Ayres Gevaert em Blumenau em Cadernos, março de 1973 ;http://hemeroteca.ciasc.sc.gov.br/...

Felício Ricardo Maes era filho de Ricardo Eugênio Maes e Eugênia Brackeveld Maes. Ele casou-se com Otília, filha de Constant De Coninck (nascido na Bélgica e emigrado ainda menino com seu pai Leo De Coninck) e Maria Machado Coninck. São os avôs do Paulo Rogério Maes, autor do livro "Colonização Flamenga em Santa Catarina - Ilhota" de 2005.

Durante a 6° legislatura 1977-1983 e também na 7° legislatura 1983-1988, o Sr. Lincoln de Alcântara Maes, foi vereador na Câmara Municipal de Ilhota.

Três descendentes da familia Maes foram honrados com nomes de rua em Ilhota: o Sr. Izidoro Maes (26/6/1962 – Lei 52/62), o Sr. Ricardo Paulino Maes, (26/7/1962 – Lei 57/62) e a Sra. Luiza Maes Melo.

Ilhota Rua Izidoro Maes

Ilhota Rua Ricardo Maes

Ilhota Rua Luiza Maes

Fonte dos nomes e sobrenomes

Encontramos grafias diferentes do nome e sobrenome dos emigrantes. Para os registros individuais das famílias neste site, usamos como principal entrada, as seguintes fontes para os imigrantes que chegaram com o barco:

  • "Jan Van Eyck" em 1844: o documento "État nominatif des colons embarqués à Bruges, à bord du Brick Belge Jean Van Eijck, en destination pour la Province de Ste Catherine du Brésil" guardado no Arquivo Municipal da cidade de Bruges, no departamento Arquivo Moderno - VIIa Sûreté Publique, 1844 
  • "Adèle" em 1846: o documento "Liste des personnes à qui il a été délivré des passeports gratuitement, en exécution de la Circulaire de Mr. l'Administrateur de la Sûreté publique en dâte du 2 Mai 1846, Cabinet, N° 45225 - Ville d'Anvers" guardado no Arquivo Nacional em Bruxelas, no setor 269 Émigration au Brésil. 1843-1888. Ministère de la Justice. Sûreté publique (ou Sûreté de l'Etat). Police des Etrangers, 1840-1994

Bibliografia

livros

  • Charles Van Lede e a colonização belga em S. Catarina / Carlos Ficker. - Blumenau, 1972.
  • Colonização Flamenga em Santa Catarina - Ilhota / Paulo Rogério Maes. - 2005.
  • Movidos pela esperança: A história centenária de Ilhota / Viviane dos Santos e Elaine Cristina de Souza. - S&T Editores, 2006.
  • La colonie belga au sein de la Sainte-Catherine du Brésil Impérial : Diplomatie, commerce et contrabande (1841 - 1847) / Natalia da Silva Pereira. - Dissertação ULB - Master en Histoire Contemporaine, 2013-2014

artigos

  • Sainte-Catherine du Brésil, Etablissement belge / Ch. Maroy no Bulletin d'études et d'informations de l'Ecole supérieure de commerce St-Ignace. Anvers, avril 1932, 31 p.
  • 3.3. Colônia belga p. 110-113 em A colonização de Santa Catarina / Walter Fernando Piazza. - Porto Alegre: Editora Pallotti, 1982.
  • Ilhota: Tempos e contratempos de uma colônia belga / Maria do Carmo Ramos Krieger Goulart p. 153-156 na revista Blumenau em cadernos 1982 – 5  (maio 1982) 
  • VII. Santa Catarina do Brasil (1842 - 1875) p. 119-137 em Dos Açores ao Zaire: Todas as colônias belgas nos seis continentes. O surgimento, a História, a comunicação / Patrick Maselis. - Roeselare: Roularta Books, 2005.
  • CHAPTER 5 - SANTA CATARINA p. 138 – 155 Early Belgian colonial efforts: The long and fateful shadow of & Leopold I / Robert Raymond Ansiaux. Presented to the Faculty of the Graduate School of The University of Texas at Arlington in Partial Fulfillment of the Requirements for the Degree of DOCTOR OF PHILOSOPHY. - THE UNIVERSITY OF TEXAS AT ARLINGTON, December 2006
  • Sainte-Cathérine du Brésil ou os belgas em Santa Catarina / Eddy Stols p. 22-26 em Brasil e Bélgica: Cinco séculos de conexões e interações. - São Paulo: Narrativa Um, 2014.
  • Ilhota, een Belgische kolonie aan de Itajahi-Grande/ Raymond Arren em Spaenhiers Jaarboek 2010.
  • Een Brugse kolonie in Brazilië: ‘Adieu, Vlaenderen en Braband. Wy gaen nae ’t luy Lekkerland…’Bart Demuynck p. 151-162 em Brugs Ommeland: driemaandelijks tijdschrift, 55ste jaargang, nummer 3, september 2015.